Como se preparar para o Ingresso ao Programa de Mestrado?

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A dedicação em um curso de mestrado
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Em nosso post de hoje iremos apresentar alguns cuidados, técnicas e mecanismos que você pode colocar em prática para se preparar antes de ingressar em um programa de mestrado. O nosso intuito é de lhe ajudar.

Ao longo desta discussão temos como objetivo lhe ajudar a refletir se está pronto para entrar em um programa de mestrado nesse momento e, se sim, iremos te ajudar a encarar esse processo seletivo de uma forma mais positiva.

Dessa forma, a primeira coisa que você precisa saber sobre esse tipo de curso é que ele faz parte do stricto sensu e, dessa forma, é voltado àqueles que têm interesse em atuar como pesquisadores e docentes do ensino superior.

É o primeiro passo que damos rumo à consolidação de uma carreira voltada à pesquisa. O primeiro título obtido é o de mestre. Na sequência, caso você deseje continuar na cátedra acadêmica, poderá prosseguir para o nível do doutorado e obter o título de doutor.

As principais características de um curso de mestrado

Um curso de mestrado oferece muito mais do que um título. Ele é uma forma de iniciação à pesquisa e às atividades acadêmicas. Não se trata de um curso comum, visto que o aluno não é um mero receptor do conhecimento, mas de um ensino, onde o aluno deve converter esse conhecimento em produções científicas a serem divulgadas à comunidade acadêmica e à sociedade laica.As principais características de um curso de mestrado

A primeira diferença entre o mestrado e os demais tipos de curso é que aqui o sujeito não assume um posicionamento passivo, pois, como mencionamos, ele não apenas recebe esse saber, mas interage com ele e produz a partir dele.

Assim, embora nos primeiros anos da educação básica até o ensino superior nós respondamos apenas àquilo que nos é questionado e somos avaliados de maneira periódica. De modo que o diálogo, a troca, a reflexão e a crítica quanto ao conhecimento absorvido não são tão mobilizados. Tudo muda quando essa pessoa ingressa no mestrado.

A transição da postura passiva para a ativa

A transição da postura passiva para a ativa é uma tendência muito comum até mesmo na graduação e no eixo do lato sensu, que é onde fazemos nossas especializações. Não produzimos, refletimos e questionamos esse conhecimento a partir de produções. Apenas desenvolvemos técnicas e habilidades a serem aplicadas no campo prático associado a uma profissão.

O sujeito passivo apenas aprende aquilo que foi apresentado pelo professor e muitas vezes pesquisam, leem e escrevem apenas o que o professor quer para que tirem uma boa nota. É por esse motivo que atuam de uma forma mais mecânica, uma vez que não são impulsionados a produzirem a partir do contato com esse conhecimento.

Por outro lado, no mestrado, esse aluno irá experimentar pela primeira vez a postura de um sujeito ativo. É aqui que começa a sua jornada de transformação de um sujeito passivo, receptor, em um ativo, pesquisador, logo, produtor de conhecimento científico e de qualidade.

Características do sujeito ativo

O sujeito ativo é uma pessoa que reflete e pensa de forma crítica quanto ao conteúdo lido. Ele dialoga com esse conhecimento. O principal desafio é aprender a ler e a escrever de forma crítica.

Enquanto sujeito ativo, essa pessoa terá que participar de forma constante do processo de construção do conhecimento. A depender do programa no qual esse indivíduo se encontra, terá que demonstrar certos pontos de vista a partir da produção de materiais diversos.

Esta é uma realidade que afeta qualquer área do conhecimento, de modo que o aluno, nesse momento, é produtor e não apenas consumidor desse conhecimento, logo, não pode agir de forma passiva, devendo, então, se engajar com as atividades acadêmicas. Há, claro, uma postura que ora pende para a postura passiva, ora para ativa, porém, na maior parte do tempo, estará produzindo de forma ativa.

Qual é a tarefa de um pesquisador em um curso de mestrado?

Em um curso de mestrado, especialmente no acadêmico:

é tarefa do pesquisador propor um estudo que possa contribuir com a sociedade

atual na qual vivemos e, para isso, precisará partir de um problema de pesquisa muito bem definido.

A fim de que seja possível trabalhar com esse problema, o pesquisador terá que desenvolver conceitos e teorias que forneçam subsídios para que chegue à resposta do problema, bem como para que esse trabalho seja caracterizado como científico. Na pesquisa científica, o pesquisador não pode fazer uma afirmação simplesmente porque é a favor.

Para cada crítica positiva ou negativa, é preciso que ele se apoie em autores que forneçam subsídios para a construção de sua argumentação. Em um curso de mestrado, é essencial saber o que cada termo significa e o contexto no qual é aplicado, pois é apenas dessa forma que a ciência pode ser desenvolvida de uma forma assertiva e tranquila para todos.

A amplitude do cenário acadêmico

Na academia, a cada dia nos deparamos com novos termos, possibilidade de uso e contextos para aplicação. Nesse sentido, é preciso que compreendamos como o contexto no qual estamos funciona antes mesmo de começarmos a desenvolver os nossos próprios estudos. Há uma série de órgãos, métodos, técnicas e instrumentos que regulam o modus operandi da ciência brasileira.

Além disso, também existem diversos constructos e variáveis que impactam no desenvolvimento desses estudos. A relevância e o ineditismo também são algumas das características que mais têm sido exigidas nas pesquisas atuais.A amplitude do cenário acadêmico

Todas essas regras são muito novas, uma vez que não temos contato com elas enquanto sujeitos passivos. A nossa tarefa é a de aprender como esse contexto funciona para que possamos passar por essa etapa de uma forma mais tranquila. Entender tipos de escrita e a importância do embasamento são aspectos essenciais.

O período destinado à execução dos créditos e inclinação à pesquisa

Embora estejamos chamando a sua atenção quanto à importância de se adaptar a esse novo contexto, é essencial que você saiba que existem prazos rígidos que deverão ser cumpridos para que se obtenha o título de mestre.

O programa, junto à CAPES, propõe um período estratégico para que possa cumprir os créditos acadêmicos (divididos entre disciplinas e demais atividades) e desenvolver a sua dissertação de mestrado.

Além disso, há disciplinas específicas em que você terá que apresentar o seu projeto de pesquisa para que ele ganhe uma maior robustez, como é o caso da disciplina de Seminários de Pesquisa.

Tanto os seus colegas de classe, como o professor responsável pela disciplina e demais ligados àquele eixo temático podem contribuir e fornecer um feedback quanto a sua proposta de pesquisa. Até que esse material possa ser qualificado, ele terá que ser preparado e bem desenvolvido para que esteja apto a passar por esta fase.

Mantenha uma boa relação com o seu orientador

Durante todo esse processo do mestrado você estará ligado a uma pessoa que irá lhe ajudar a desenvolver essa pesquisa da melhor forma, pois apresentará contribuições, sugestões e críticas construtivas para que essa pesquisa seja aperfeiçoada. Essa pessoa é o orientador.

Cabe a ele direcionar a forma como sua pesquisa deverá ser conduzida e, para isso, irá apresentar os melhores caminhos a serem seguidos, sobretudo para que o problema de pesquisa e os objetivos definidos sejam atendidos da melhor forma.

Todavia, não são raros os casos em que aparecem algumas lacunas nesse processo de orientação. Os motivos para que esses conflitos surjam são os mais diversos, porém, sempre chamamos a atenção para o fato de que o diálogo é a chave para a resolução de qualquer conflito. Entretanto, mantenha em mente que você dependerá desse orientador durante diversos momentos de sua pesquisa.

A figura do orientador no desenvolvimento de um estudo

A fim de que você possa obter o título de mestre, terá que passar por dois tipos de avaliações, sendo elas a qualificação e a defesa final. Para que você possa passar por qualquer uma das fases precisará do aval do seu orientador, ou seja, ele terá que autorizar e assinar alguns documentos para que seja avaliado por uma banca de professores, que, por sua vez, são selecionados pelo seu próprio orientador.

Além disso, é o orientador o responsável por fornecer um parecer quanto ao andamento de sua pesquisa. Mantenha também em mente que há um período mínimo que estará ligado à figura desse professor. No mestrado, por cerca de vinte e quatro meses dependerá desse orientador para que possa desenvolver o estudo e cumprir com as exigências determinadas tanto pelo programa quanto pela própria CAPES, que é o órgão que regula a pós-graduação de nosso país como um todo.

O prazo para a finalização dos cursos de mestrado

É a CAPES quem regula os cursos de mestrado e doutorado espalhados por todo o território nacional. É ela também quem determina os prazos mínimo e máximo para que esse curso seja finalizado, o que implica o atendimento a todas as suas exigências nesse período específico determinado pela CAPES.

O prazo mínimo para a finalização deste curso é de dezoito meses. O período mais usual é de vinte e quatro meses, contudo, por motivos pessoais, desde que justificados, esse curso pode ser prorrogado por mais seis meses, durando, portanto, cerca de trinta meses.

Perdas familiares ou problemas de saúde, incluindo a saúde mental, são alguns dos motivos que permitem ao pesquisador prorrogar o tempo de duração desse curso. Posto isso, é essencial que você leve em consideração alguns pontos antes de ingressar nesse curso, pois durante dois anos a sua vida girará em torno desse curso e de suas exigências.

A dedicação em um curso de mestrado

Antes de ingressar em um curso de mestrado leve em consideração que você terá que se dedicar diariamente às atividades de escrita e leitura, uma vez que, como temos frisado ao longo deste post, a postura passiva é substituída pela ativa, de modo que você deixará de ser um mero receptor do conhecimento.A dedicação em um curso de mestrado

Além de participar de forma ativa das disciplinas demonstrando os resultados de seu estudo, também terá que prestar contas à sociedade laica e à comunidade acadêmica quanto às fases de sua pesquisa.

Esta divulgação é feita sobretudo por meio da participação em simpósios e congressos científicos e por meio da publicação de artigos em revistas científicas. Além de cumprir todos esses créditos aqui mencionados, também deverá desenvolver a dissertação, que é o objetivo final desse curso de mestrado. O principal desafio é o de conciliar todas essas atividades de uma forma tranquila.

Os trabalhos finais no mestrado acadêmico e profissional

Hoje em dia podemos fazer tanto um curso de mestrado mais teórico, de modo que as reflexões serão mais filosóficas, bem como podemos fazer um curso de mestrado profissional.

O trabalho final dessa segunda abordagem é aplicado, logo, preocupa-se mais com a aplicação prática desse material na sociedade ou em um nicho do mercado do que com as questões teóricas, embora elas de forma alguma sejam descartadas, visto que os mestrados desse tipo integram o campo do stricto sensu, logo, a realização de todas as fases da pesquisa científica é indispensável.

Embora o trabalho aqui assuma um outro formato, em ambos os casos ele deverá ser desenvolvido dentro desse prazo específico definido pela própria CAPES.

Inscreva-se como aluno especial

Se você deseja ingressar em uma das duas modalidades mencionadas, mas ainda tem dúvidas se essa instituição, programa, linha de pesquisa e orientador são ideais, indicamos que você procure conhecer esse espaço e como o orientador desejado trabalha antes de participar do processo seletivo para ingresso nessa instituição.

Assim, uma das estratégias para isso, caso o professor permita, é inscrever-se em uma disciplina ofertada por esse professor que deseja como aluno especial. O primeiro passo a ser feito é se informar junto à universidade para verificar se há essa possibilidade. O mais usual é que as pessoas que adotam essa estratégia frequentem uma disciplina e, com isso, um espaço específico, por cerca de seis meses.Inscreva-se como aluno especial

É o período ideal para que você saiba como aquele professor trabalha e para que compreenda as regras daquela casa. A participação como aluno especial pode ou não ser regulamentada. Em caso positivo, você terá que cumprir todas as exigências dos demais alunos, incluindo a apresentação de atividades avaliativas.

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